Ferramenta De Comunicacao

Redes Sociais: os microblogs como ferramenta de comunicação organizacional

Vivemos num cenário que se articula em rede e neste contexto ocorre também a comunicação entre pessoas, a reprodução de idéias, os valores e comportamentos. Segundo Lemos (2008, p. 3), no ciberespaço, cada sujeito é efetivamente um potencial produtor de informações.

O homem estabelece signos e relações sociais com os demais membros do grupo e reúne-se em comunidades de acordo com os interesses comuns. O conceito de “rede” deriva das redes sociais: laços que as pessoas estabelecem entre si, buscando apoio, referências, informações e a sensação de “pertencimento”, tema que já era amplamente debatido e examinado por Max Weber e outros estudiosos no início do século XX. O motor que conduz as mídias sociais é o boca-a-boca, forma de comunicação antiga e existente desde que o homem se encontra organizado em grupos. Após o advento da web 2.0, o conceito de rede social passou a ser largamente associado à comunicação no ciberespaço.

Redes SociaisRecuero (2009, p. 102) afirma que os sites de redes sociais não são algo novo, “mas uma conseqüência da apropriação das ferramentas de comunicação mediada pelo computador pelos atores sociais”. São espaços utilizados para a expressão das redes sociais na Internet.

Wellman (2001, p. 1) afirma que as redes sociais complexas sempre existiram, mas desenvolvimentos tecnológicos recentes nas comunicações permitiram o seu advento como uma forma dominante de organização social. Um site de rede social, segundo Recuero (2009, p. 178), foca na publicização da rede social dos atores.

Sobre a diferença entre estes sites e outras formas de comunicação mediada pelo computador, para Recuero (2009, p. 102), é o modo como permitem a visibilidade e a articulação das redes sociais, a manutenção dos laços sociais estabelecidos no mundo off-line.

São considerados, portanto, sites de redes sociais os fotologs, os weblogs, os microblogs, além dos sites de relacionamento.

Estes sites de redes sociais possuem mecanismos de individualização (personalização), apresentam construção de perfis de forma pública e possibilitam a construção de interações nestes sistemas.

Recuero (2009, p.103), alerta, porém, que os sites por si só não são redes sociais, mas sim, suporte para as interações que constituem as redes sociais. E vale destacar que os sites de redes sociais são um método de manutenção dos laços, não sendo os únicos, nem algo exclusivo da Internet.Redes Sociais

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Mídias sociais, redes sociais on-line, conteúdo gerado pelo consumidor, mídia gerada pelo consumidor ou ainda social media são termos sinônimos que significam que o consumidor está no poder, na Internet, com capacidade de viralizar seus conteúdos. A Internet não é mais das corporações, é de quem quer que seja. E pode estar a serviço da comunicação e do marketing.

Segundo o Internet Advertising Bureau (IAB), o conteúdo ou mídia gerados pelo consumidor podem ser definidos como “qualquer material criado e disponibilizado na Internet por um não profissional de mídia” (IAB, 2008). Vickery e Wunsch-Vincent (APUD MONTARDO, 2009, p. 2) entendem que o conceito esteja relacionado a conteúdos disponibilizados na Internet, que refletem um certo esforço criativo e que são criados fora das práticas e de rotinas profissionais. Os mesmos autores (ID. IBID) apontam a difusão do acesso à banda larga e a facilidade de uso das ferramentas colaborativas da web como os grandes propulsores da participação do consumidor na geração de conteúdos. Quanto à distribuição do conteúdo, os autores acrescentam que a sofisticação dos motores de busca e da folksonomia são os favorecedores deste contexto.

Recuero (IN SPYER, 2009, p. 25) apoia seu conceito de rede social na interação e na troca social compreendidas pela estrutura da rede. As redes sociais, para ela, ampliaram não só a capacidade de conexões como também de difusão da informação.

A autora exemplifica que no mundo off-line, uma informação só se propagaria na rede pelas conversas de pessoas. Nas redes sociais on-line, essas informações são amplificadas, reverberadas, discutidas e repassadas, o que dá mais voz às pessoas, mais construção de valores e maior potencial de disseminação de informações. A tais valores, se dá o nome de capital social.

Como características, Kiso (2007) aponta as seguintes como sendo particulares das mídias sociais: comunicação na forma de conversação, não monólogo; protagonistas são pessoas (não empresas, nem marcas); valores como honestidade e transparência; distribuição ao invés de centralização.

Em suma: trata-se do uso de ferramentas de Internet com o propósito de compartilhar e discutir informações e experiências com outras pessoas. O termo se refere a atividades que integram tecnologia, interação social e construção de palavras, imagens, vídeos e áudio. (WIKIPEDIA APUD SCOBLE ET AL, 2009, p. 18)


Por: Carolina Frazon Terra e Laís Cardozo Bueno

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